Experimentando...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Bronzeamento

Acho interessante o comportamento das americanas a respeito do bronzeamento. Aqui em Washington faz MUITO calor mesmo, como no Rio. Ontem, por exemplo, estava 36 graus e a umidade estava nas alturas. Todo mundo usa protetor solar, usa chapéu e faz campanha contra o sol, mas não deixam de frequentar as clínicas de bronzeamento artificial e nem de usar bronzeadores químicos. Daí que ando na rua e vejo um monte de gente laranja, com manchas mais claras em volta dos olhos e mãos manchadas. Não entendo, acho que ficar branquinha é melhor!

As coreanas são mais coerentes. Querem ficar totalmente brancas, quanto mais clara a pele, melhor. As coreanas que eu conheço não usam nem blush, no máximo um pó translúcido!

Meus filhotes são cariocas da gema, ficam bronzeados facilmente. Outro dia estava na piscina com eles e uma garotinha (quase transparente) me perguntou: eles são seus filhos? Você os adotou? Eu disse que e não e perguntei o o porque da pergunta: ela respondeu que a minha pele é muito diferente da deles! É mole?!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Paciência


Há muito tempo não escrevo aqui, mas sempre fico com aquela vontadezinha.

Estou passando por uma fase interessante, eu diria. Estressante também, mas bastante interessante. Minha filha tem 6 anos e tem uma personalidade de fogo. Eu acredito que a personalidade dela seja muito mais marcante que a minha e é difícil de lidar com essa diferença algumas vezes.

Ela é extremamente perfeccionista e não admite não saber alguma coisa. Por exemplo, ela não sabe ler tudo ainda, portanto, EU NÃO SEI LER! Eu tento conversar com ela, explicar que ela ainda está aprendendo e blá blá blá, mas a bichinha é cabeça dura, chora, esperneia e faz uma festa até... que eu perco a paciência e brigo com ela. Isso acaba com o meu dia, detesto brigar com meus filhotes. Gritar então, me tira mais do sério do que o problema em si.

Hoje eu comprei um vídeogame pra ela, super mario galaxy. Eu nunca tive joguinhos na minha vida então, minha habilidade é nula. Ela não sabe jogar, obviamente, mas quem disse que consigo fazê-la ficar quieta e explicar que ela precisa aprender primeiro? Difícil, não é?!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Você já abraçou alguém hoje?


Estou aqui nos States há um ano e meio. Já falei antes que o povo aqui não é muito de amizades e que eu sinto muita falta dos meus amigos do Brasil? Pois é... No Brasil todo mundo recebe um beijo ou um abraço de alguém quase todos os dias. Nos sentimos bem em expressar nossos sentimentos, tentamos estreitar laços com as pessoas que nos rodeiam (nem sempre é lindo assim, mas eu diria que na maioria das vezes) e conhecer um pouco mais do outro. Aqui é justamente o contrário. Pelo menos no meu círculo de conhecidos, ninguém faz questão.

Eis que agora cedo o Craig, um rapaz que trabalha no setor de informática aqui do prédio veio resolver um problema no laboratório. Eu já falo com ele há muito tempo e ele é super gente boa. Simpático, prestativo, atencioso... Ele chegou no lab. e disse: hey Loraine, what's up? E veio me dar um abraço de bom dia! Durante um segundo eu achei aquilo estranho, pois ninguém chega perto de ninguém aqui. Mas num "flash" eu senti o que costumo sentir no Brasil. Foi tão bom receber um abraço... Ele ficou conversando comigo alguns minutos e foi embora, mas estou até agora pensando em como faz falta ter pessoas que te conheçam de verdade por perto.

Outra coisa que eu percebi é que foi muito fácil me tornar refratária a sentimentos de amizade por aqui. Simplesmente já aceitei que não tem gente como a gente no meu ambiente. Então, quando recebi o abraço, por uma fração de segundo eu achei aquilo estranho. Mas não é!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Descobrindo a comida japonesa.




Eu sempre tive aversão à idéia de comer peixe cru. Sendo do interior do Rio de Janeiro, aonde não tem mar e peixe fresco é raridade, só de pensar em comer o bichinho cru eu já tinha arrepios. Como todo mundo deve saber, peixe de água doce tem o gosto muito forte e o cheiro tb, né?

Odeeeio com todas as minhas forças a passar perto dos peixes nas feiras e supermercados. Entendam, eu sou extremamente sensível a cheiros. E vamos combinar que cheiro de peixe não é muito legal. Eu sei quem está no laboratório por causa do perfume (nem sempre agradável...)!

Eis que eu me caso com um neto de português e filho de um cozinheiro de mão cheia. Meu sogro faz cada peixe... ui, nem gosto de pensar muito nisso pra não ficar morrendo de saudades do Brasil. Aos poucos fui me acostumando a comer peixe e hoje em dia posso dizer que já estou normalizada neste sentido.

Mas comer peixe cru... aí já são outros quinhentos. Sou super carnívora, mesmo. Adoro carne vermelha e me seguro pra me manter em uma ou duas vezes por semana.

Maridones adora comida japonesa e aqui aonde moramos tem um supermercado com uma sushi-girl (as vezes tem um sushi-man) em tempo integral, fazendo sushi fresquinho, na hora! Muito legal isso. Ele volta e meia comprava e eu negando, negando. Aí, recebemos a visita de uma amiga que se dizia viciada em sushi. Contei minha historinha pra ela e ela assumiu a missão de me viciar também, coisa que eu achava impossível. Ela começou me apresentando aos sushis vegetarianos (desculpem-me os entendidos se estou falando alguma besteira) e eu gostei do negócio e até me aventurei a comprar pra mim. No mesmo dia, maridinho querido comprou uma barquinha cheeeeeia de peixe cru e bateu um espírito inovador em mim e eu provei! Não é que o troço é bom, minha gente?! Se meus pais me vissem comendo peixe cru eu aposto que eles iam achar que eu estou com algum problema, hahaha.

Aí, outros amigos vieram nos visitar e eles, também, disseram que não gostavam de comida japonesa, mas que agora estavam viciados até o último suspiro, depois que aprenderam a comer. Ontem à noite fomos jantar num restaurante japonês e, finalmente, agora eu posso dizer que me juntei ao povo que AMA comida japonesa.

Fica aí a dica pra quem não gosta (ou melhor, não sabe que gosta). Experimente, tente, faça do seu cardápio uma coisa diferente... rsrsrsrs

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Glamour é...


Muita gente acha que estou aqui nos States ganhando rios de dinheiro (hein?), me divertindo pacas, gastando tubos de dinheiro em eletrônicos e afins. Masss, pouca gente se toca que estamos aqui, eu e marido, sozinhos, sem ajuda alguma pra reger a casa, contas, crianças, trabalho, etc. Vida de cientista não é fácil não, minha gente. Como eu já comentei antes, o cansaço psicológico é constante e chega uma hora que a cabeça não aguenta a barra e quem paga é o corpo. Mas volto a dizer, gosto muito do que eu faço, mas estou consciente que é difícil e que é uma fase da minha vida. As crianças agora são bilíngues, estamos ganhando uma ótima experiência, nossos currículos vão melhorar e quando voltarmos ao Brasil, poderemos contribuir para melhorar um pouquinho mais a ciência por lá.

Ontem eu estava trabalhando quando comecei a ver umas coisinhas brilhando no meu campo de visão. Por já ter assistido algumas palestras a respeito, saquei que uma enxaqueca estava a caminho. Um dos sintomas da enxaqueca é essa tal de aura, já ouviram falar? Neste site tem um vídeo que explica as fases da enxaqueca. Infelizmente não achei em português, mas dá pra entender pelos gráficos. E neste site, tem uma explicação interessante e simples.

Resultado: fiquei inutilizada ontem à noite e convenhamos, na minha situação eu não posso me dar o "luxo"de ficar sem fazer nada, né? Filha precisando fazer o dever de casa, filho querendo atenção, todo mundo tendo que jantar, tomar banho, enfim... e eu paralisada sentindo dor. Hoje parece que um caminhão passou por cima de mim. A dor não é tão intensa, mas é constante e o meu pescoço e costas estão tão contraídos que parece que eu sou marombeira. Agora me digam, aonde está o glamour?


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Fofoqueiros!!!!!


Eu sabia! Eu sempre falei isso, principalmente agora, que o meu laboratório tem 4 mulheres e 10 homens.

Homens são mais fofoqueiros que mulheres, indica estudo britânico



RIO - Os homens fofocam sobre a vida dos outros duas vezes mais do que as mulheres, e 80% das conversas masculinas são sobre os outros. É o que indica uma pesquisa feita com 300 pessoas na Inglaterra pelo psicólogo Nicholas Emler e divulgada este fim de semana pelo jornal britânico Daily Mail.

Segundo Emler, a fofoca costuma ter uma reputação negativa, mas também tem uma importante função social. A troca de informações ajuda a estabelecer laços entre as pessoas, diz o psicólogo, e pode fortalecer a confiança entre indivíduos. Porém, muitas vezes a fofoca é uma forma de evitar a intimidade, já que falar do outro costuma ser mais fácil do que falar de si mesmo.

- A fofoca ajudou na evolução da linguagem e no desenvolvimento de sociedades complexas. Mas ela é como uma faca de dois gumes. Se por um lado fofocar é do ser humano, também pode arruinar relacionamentos - disse Emler ao jornal.


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Tá ficando fresquinho

Oficialmente, ainda estamos no verão, não é mesmo? A primavera aí no Brasil começa lá pelo dia 20 de setembro e aqui é o outono que começa por essa época. Há uma semana o clima deu uma boa refrescada. Estávamos tendo dias bem quentes e melequentos. De repente, de um dia para o outro, já temos que colocar um casaquinho de leve pela manhã. Ai gente, não tô preparada pra sentir frio ainda! Meu cérebro só aceita sentir frio em Outubro!

Para quem não entende, o desespero é o seguinte: depois que começa a ficar frio, não melhora nada nos próximos 5 meses! Ou seja, em Outubro ainda terei vida do lado de fora de casa e do laboratório, a partir daí... meia calça de lã, calça de veludo, blusa térmica, um casaco, outro casaco, luvas, gorro, cachecol... ai socorro!!!!!
Minha foto
Brasileira, quase 33 anos, mãe de dois filhotes lindos, bem casada, atarefada e estressada. Meu dia a dia é uma loucura e tento me dividir em várias ao mesmo tempo, como muita mulher por aí, né? Sou mãe, esposa, cientista, professora, afff, cansei!

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